sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Aves de médio porte-30 a 40 cm - Parte 3

                                 Realmente é muita ave, mas minha dedicação é compensável! Começaremos com o Anu Preto

O anu-preto é uma ave cuculiforme da família Cuculidae. Conhecido também como anu-pequeno e anum (Pará) e  na região da amazonia central chamado de coró-coró.
Tem o corpo franzino, 36 centímetros,  peso entre 71 a 133 gramas, preto uniforme, de bico alto, forte e curto. Cauda comprida e graduada. Espécie sem dimorfismo sexual.

Apesar de formar casais, vive sempre em bandos, ocupando territórios coletivos durante todo o ano. São aves extremamente sociáveis. Tem grande habilidade em pular e correr pela ramagem. O cheiro do corpo é forte e característico, perceptível para nós a vários metros e capaz de atrair morcegos hematófagos e animais carnívoros.
Possui mais de uma dúzia de vozes diferentes. Tem dois pios de alarme: a um grito, todos os componentes do bando se empoleiram em pontos bem visíveis, examinando a situação; outro grito, emitido quando um gavião se aproxima, faz desaparecer num instante no matagal todo o grupo. Eles se divertem cavaqueando baixinho, de modo bem variado, causando às vezes a impressão de estar tentando imitar a voz de outra ave.

São essencialmente carnívoros, comendo gafanhotos, percevejos, aranhas, miriápodes etc. Predam também lagartas peludas e urticantes, lagartixas e camundongos. Pescam na água rasa, periodicamente comem frutas, bagas, coquinhos e sementes, sobretudo na época seca quando há escassez de artrópodes. Alimentam-se, sobretudo de ortópteros (gafanhotos) que apanham acompanhando o gado. Quando não há gado no pasto executam, às vezes, caçadas coletivas no campo, o bando espalha-se no chão, em um semicírculo, ficando afastados uns dos outros por dois ou três metros. Permanecendo assim imóveis e atentos e quando aparece um inseto, a ave mais próxima salta e o apanha. De tempos em tempos o bando avança. Quando pousam sobre o dorso dos bois geralmente o fazem para ampliar seu campo visual. Às vezes apanha insetos em pleno vôo, capturando também pequenas cobras e rãs. Freqüentemente seguem tratores que aram os campos.
 Os ovos das fêmeas do anu-preto perfazem 14% do peso de seu corpo. É de cor azul-esverdeada, coberto por uma crosta calcária, raspada sucessivamente pelo processo de virar os ovos durante a incubação. O anu-preto costuma trazer comida quando visita a fêmea no ninho. O macho dança em torno da fêmea, no solo. As fêmeas, embora possuam ninhos individuais, se associam mais freqüentemente a um ou dois casais do seu bando para construir ninho coletivo, pôr ovos e criar a prole juntas, tendo a cooperação de machos e filhotes crescidos de posturas anteriores. Seus ninhos são grandes e profundos. Pode acontecer de um ninho ser ocupado por 6 ou 10 aves, e conter 10, 20 e até mais ovos. A postura de uma fêmea é calculada em 4 a 7 ovos. A incubação é curta, dura de 13 a 16 dias; são criados com sucesso meia dúzia de filhotes por vez. A boca aberta vermelha do filhote do anu-preto é marcada por três sinais amarelos. Quando os seus ninhos são abandonados, às vezes são aproveitados por outros pássaros, por pequenos mamíferos, sobretudo marsupiais e cobras. Os filhotes deixam o ninho antes de poder voar, com a cauda curta, e são alimentados ainda durante algumas semanas. Seus filhotes ainda pequenos são facilmente espantados e fogem para todos os lados sobre os galhos em torno do ninho, mas costumam regressar ao mesmo quando o perigo passou. 
Vive em paisagens abertas com moitas e capões entre pastos e jardins; ao longo das rodovias costuma ser quase a única que se vê, como habitante de lavouras abandonadas. Prefere lugares úmidos. Sendo um fraco voador, mal resiste à brisa, qualquer vento mais forte leva-o para longe. 
Gostam de apanhar sol e banharem-se na poeira e muitas vezes a plumagem fica fortemente tingida com a cor da terra do local ou de cinza e carvão, sobretudo se antes correrem pelo capim melado. Pela manhã e após as chuvas pousam de asas abertas para enxugar-se. À noite para se esquentar juntam-se em filas apertadas ou aglomeram-se em montões desordenados; acontece de um correr sobre as costas dos outros, que formam a fila, para forçar a sua penetração entre os companheiros, arrumam as suas plumagens reciprocamente. Procuram moitas de taquara para pernoitar.


                                                     Logo, a seguir o Anu Branco ou Galego
Algumas características são idênticas ao Anu Preto.
O anu-branco é uma ave cuculiforme da família Cuculidae. Também conhecido como rabo-de-palha, alma-de-gato, pelincho e piririgua. 
Corpo franzino, cauda comprida, graduada e com fita preta. Branco-amarelado, bico cor de laranja (cinzento no indivíduo imaturo). Bico forte e curvo. Espécie sem dimorfismo sexual.
 Também tem cheiro do corpo forte e característico, perceptível para nós a vários metros e capaz de atrair morcegos hematófagos e animais carnívoros como o Anu Preto, embora eu nunca tenha sentido, talvez por não chegar muito perto. Quando empoleira arrebita a cauda e joga-a até as costas. 
Anda sempre em bandos. São aves extremamente sociáveis. Mede cerca de 40 centímetros. Sua vocalização é alta e estridente: “iä, iä, iä” (chamada e grito durante o vôo); “i-i-i-i” (advertência); seqüência fortemente descendente e decrescendo de melodiosos “glüü” (canto); cacarejo baixo. São essencialmente carnívoros, comendo gafanhotos, percevejos, aranhas, miriápodes etc. Predam também lagartas peludas e urticantes, lagartixas, camundongos e filhotes de outras aves. Cospem pelotas. Pescam na água rasa; periodicamente comem frutas, bagas, coquinhos e sementes, sobretudo na época seca quando há escassez de artrópodes. Os seus ovos são relativamente muito grandes, tem de 17 a 25% o peso da fêmea. A cor dos ovos é verde-marinho, uma rede branca calcária em alto relevo se espalha sobre toda a superfície. Tanto há ninhos individuais, como coletivos. A fêmea que construiu um ninho e ainda não começou a pôr os seus ovos, joga fora os ovos postos ali por outras fêmeas. Joga também os ovos, quando a fêmea poedeira encontra o ninho onde quer pôr ocupado por outra ave. Os adultos nem sempre zelam bem pelos ninhos com ovos, abandonando-os. Os filhotes deixam o ninho antes de poder voar, com a cauda curta, e são alimentados ainda durante algumas semanas. Quando os seus ninhos são abandonados, às vezes são aproveitados por outros pássaros, cobras, por pequenos mamíferos, sobretudo marsupiais.
 Até certo ponto são beneficiados pelo desaparecimento da mata alta, pois vivem em campos, lavouras e ambientes mais abertos. Migram para regiões onde eram desconhecidos e tornam-se as aves mais comuns ao longo das estradas. Devido ao seu vôo lerdo e fraco, são freqüentemente atropelados nas estradas e arrastados ao mar por fortes ventos. São atingidos pela ação funesta dos inseticidas, fato tanto mais lamentável por serem muito úteis à lavoura.
 
Gostam de apanhar sol e banhar-se na poeira, ficando a plumagem às vezes fortemente tingida com a cor da terra do local ou de cinza e carvão, sobretudo se eles correrem antes pelo capim molhado, o que torna suas penas pegajosassuas penas pegajosas.
 Pela manhã e após as chuvas, pousam de asas abertas para enxugarem-se. À noite,  para se esquentar, juntam-se em filas apertadas ou aglomeram-se em bandos desordenados. Isto ocorre de dia também quando está muito frio, que foi quando tirei essas fotos; acontece de um correr sobre as costas dos outros que formam a fila a fim de forçar a sua penetração entre os companheiros.
Procuram moitas de taquara para pernoitar. Esta espécie morre de frio no inverno. Arrumam as suas plumagens reciprocamente.
Animais carnívoros em geral são seus predadores naturais. Esta espécie é atacada por outras aves, por exemplo,  o suiriri, mas é reconhecida como possível inimiga da coruja, provavelmente a coruja-buraqueira. Algumas espécies da família Columbidae como as rolinhas se assustam com o aparecimento de anus-brancos. O anu-branco por sua vez enxota o gavião-carijó quando estes pousam nas imediações do seu ninho.



                             E aproveitando a foto acima, vem o Pica Pau do Campo (cabeça amarela e preta)
 
O pica-pau-do-campo (Colaptes campestris) é um grande pica-pau sul-americano, campestre e terrícola. Também é conhecido como chã-chã. 
Possuindo 32 centímetros, essa espécie é facilmente identificável por conta da sua coloração e tem os lados da cabeça e do pescoço amarelos, assim como o peito, o alto da cabeça e a nuca são negros, da mesma forma que o bico e os tarsos, manto e barriga barrados e o baixo dorso é visivelmente branco ao vôo.
Existem duas subespécies que se distinguem pela cor da garganta. C. campestris campestroides de cor branca e C. campestris campestris de cor negra, cuja ocorrência é do estado de São Paulo ao norte de Santa Catarina, onde ocorrem ambas as subespécies. Da região central de SC ao Rio Grande do Sul ocorre somente C. campestris campestroides (de garganta branca).
Vivem aos pares ou em pequenos bandos, sendo que o macho apresenta em ambos os lados da cabeça duas faixas avermelhadas. Sua voz, bem variada e forte, serve para a marcação territorial, e como meio de comunicação entre o macho e a fêmea, tal como o tamborilar nesta família. Este pode, até substituir o canto estando, os dois, ligados à quadra reprodutiva e, portanto, sendo executados apenas periodicamente. Alimenta-se de insetos, principalmente formigas e cupins. A secreção de sua glândula mandibular é como uma cola que faz com que a língua funcione como uma vara de fisgo para capturar os insetos. Os ninhos são bastante elaborados, e em muitos casos, construídos a cada período reprodutivo. Prefere cavar a face do barranco que se inclina para o solo, o que facilita a proteção quanto à chuva e a defesa de entrada. Geralmente fazem mais de uma cavidade, sendo que a entrada corresponde ao tamanho do corpo desta espécie, não permitindo que outras aves e/ou predadores tenham acesso (SICK, 1997). Põe de 4 a 5 ovos brancos, límpidos e brilhantes. Macho e fêmea fazem a incubação. Os filhotes nascem nus e cegos e são alimentados com bolas de insetos conglomerados e larvas de cupim, regurgitadas pelos pais. Habita campos e cerrados, vive em casais e, às vezes em pequenos grupos.
  
 Terrícola, costuma capturar insetos no solo, mas ao se sentir ameaçado procura árvores ou grandes pedras para se proteger.

Entre as aves de porte médio, foram esses que consegui fotografar. Claro, ainda tem os domésticos como patos, gansos,etc, mas fica prá uma outra postagem

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