terça-feira, 31 de julho de 2012

Pássaros Grande-porte e comprimento

                      
                        Depois de passear com uma bela "prenda"(mulher gaúcha), Isabel, e ganhar da Natureza uma "prenda" (presente) que foi o Pavão Real, que veio a calhar, para eu explorar as espécies voadoras de grande porte que temos aqui no bairro, tive a ideia de comentar aqui no blog. Quando me refiro a grande porte, quero dizer em altura e comprimento. Então começarei pelo Pavão:

                     
                      O pavão (Pavo cristatus) é uma ave de grande porte, da Ordem Galliformes, pertencente à família Phasianidae. Seus “parentes” mais próximos são os Faisões.
                      Essas aves têm origem na Ásia (Paquistão, Sri Lanka e Índia), sendo que na Índia já foram considerados animais sagrados. Pode chegar a mais de 2 metros de comprimento (incluindo a cauda) e 80 cm de altura. 
                      Pesa aproximadamente 4 kg. Os machos são maiores e mais vistosos que as fêmeas.                     
                      A beleza das penas e a exuberância das cores na cauda do pavão fazem com que essa ave seja considerada uma ave ornamental. Tornou-se, inclusive, símbolo de status, pois costuma ser encontrado em jardins de mansões espalhadas pelo mundo, além de ser encontrado por parques no mundo todo. As cores verde, dourada e azul, em diversas tonalidades são as cores naturais das penas da cauda do pavão.                      Os pavões de plumagem preta, branca ou púrpura, são resultados de seleção artificial.

                   Para voar, o pavão precisa correr uma determinada distância, sendo que seu voo é muito desajeitado e ruidoso.
                   Alimentam-se de frutas, sementes, folhas, pétalas, insetos e pequenos mamíferos e répteis;         costumam se alimentar duas vezes ao dia: pela manhã e pela noite.
                   Os pavões passam a noite no topo das árvores, e quando ameaçados, é para as árvores que eles fogem. Ao cair da noite, costumam gritar, sendo que na época do acasalamento, seus gritos noturnos se tornam extremamente desagradáveis.
                   São aves territorialistas, ou seja, não aceitam a presença de outros animais, sobretudo se forem machos da mesma espécie. Nesse caso, o pavão macho que teve seu território invadido por outro macho, briguento por natureza, luta com o adversário até que o estranho saia de sua área. Quando perde, o pavão se retira do território que até então era seu, e sai em busca de outro território. Quando irritados, destroem arbustos e flores.


                   Curiosamente, nesta foto, tem um Quero-quero próximo a ele, mas conforme o caseiro do sítio, ele briga muito com um galo que tem por lá. E não podemos esquecer que ele está num sítio juntamente com galinhas, vacas, cavalos, cachorros e pessoas. Talvez mude um pouco o seu comportamento natural.
                   O acasalamento dos pavões não passa despercebido a quem esteja pelos arredores de seu território. Isso ocorre por que durante a época do acasalamento, essas aves gritam durante o dia e a noite. Cada macho acasala com várias fêmeas. O ritual do acasalamento é marcado principalmente pela forma como o macho corteja a fêmea. Ele abre a cauda que fica com a forma de um leque, enquanto cada fêmea começa a fazer seu ninho na parte mais alta do território. Consumado o fato, a fêmea põe entre 4 e 7 ovos, que são chocados por aproximadamente 28 dias.
                  Um pavão pode viver cerca de 30 anos. 

                  Eu costumo ir ao fim da rua onde moro, até a entrada do morro, porque lá tem um açude onde já encontrei várias aves diferentes e até cágados e tartarugas. Pois lá, encontrei o Soco-Boi, tipo uma garça, muito alta, num galho à beira do açude. Foi sorte!


                  O soco-boi é uma ave ciconiiforme da família Ardeidae. Conhecido também como soco-pintado, socó-boi-ferrugem, iocó-pinim (Pará) e taiaçu (em tupi, tai = riscado + açu = grande).
                  Tem 93 centímetros de altura. A plumagem adulta - idêntica para ambos os sexos - é adquirida aos dois anos de idade, caracterizando-se pelo pescoço castanho e manto pardo acinzentado, manchado de acanelado; possui um bico bastante longo. A plumagem do socó-boi jovem é amarela clara com faixas transversais negras, garganta e ventre brancos e o bico é relativamente curto. Alimenta-se de quase tudo que encontra: crustáceos, répteis, anfíbios, peixes e insetos. Captura suas presas andando vagarosamente, em águas rasas ou pântanos no interior da floresta. Vive em áreas úmidas, como brejos, pântanos e veredas e também regiões florestais. Costuma esconder-se na vegetação ribeirinha.






                   Anda como se esgueirasse, a passos largos e bem como se observasse um perigo ou uma oportunidade. Fica em pé dispondo as asas horizontalmente viradas para cima, atitude que provavelmente serve à termorregulação. Voa devagar, com o pescoço encolhido e as pernas esticadas. Aqui, acho que ele percebeu minha presença porque o dorso está arrepiado. Quando está desconfiado, estica o pescoço, arrepiando as penas da nuca e balançando a cauda. Para dormir, não volta a cabeça para trás, e sim mantém o bico dirigido para a frente. 


                  Aqui , ele voou para a ilhazinha que tem no meio do açude.

                  Gosta de dias chuvosos e escuros, encontrando-se então à vontade tanto espécies noturnas como diurnas. É de hábitos solitários. Quando perturbado, permanece imóvel até voar, indo empoleirar-se no alto das árvores.


                  Neste mesmo açúde, já encontrei dois tipos de Garças: Maria Faceira e Goraz ou Savacu, além de anús pretos, bem-te-vis, joão de barro, martim pescador grande, etc. Mas estou comentando apenas as aves grandes nesta postagem. Então, continuando, vamos falar sobre a Maria Faceira.

                  Syrigma sibilatrix, conhecida popularmente como maria-faceira, é uma ave pelecaniforme da família Ardeidae.
                  A maria-faceira é uma das primeiras espécies de aves a colonizar áreas recém-queimadas e aparentemente sua distribuição vem aumentando em função do desmatamento. 
                  Simplesmente inconfundível. É a única garça brasileira com este padrão de coloração. O nome comum está ligado às cores espetaculares da cabeça: face azul-clara, coroa e crista acinzentadas e bico róseo com mancha azul-violeta na ponta. A plumagem da garganta, pescoço e partes inferiores é amarelada, enquanto o dorso é cinza-claro. As cores do juvenil são mais esmaecidas, mas, fora isso, é idêntico aos adultos.





                 Os casais permanecem juntos a maior parte do tempo, mantendo contato em vôo com um chamado especial, um sibilo melodioso e longo. O som produzido é semelhante ao de maria-fumaças de brinquedo.
                 Enquanto a maioria das garças voa com o pescoço dobrado em “S” a maria-faceira costuma voar com o pescoço esticado.
                 Passa a maior parte do tempo no solo, andando a procura de insetos. Quando em regiões alagadas nunca se aventura em águas profundas, preferindo as margens alagadas, ricas em vegetação, onde se alimenta não só de insetos, mas também de anfíbios e peixes como o muçum (Synbranchus marmoratus) e a tuvira (Gymnotus carapo), ambos adaptados a águas barrentas. É uma das primeiras aves a aparecer quando o solo é arado e apanha avidamente minhocas e outros invertebrados removidos pelas máquinas. 


                  Apesar de viver a maior parte do tempo no solo esta ave constrói o ninho em árvores. O material básico para a construção do ninho são gravetos dispostos de forma pouco organizada. No final da tarde, desloca-se para dormir pousada em árvores altas, geralmente em terreno seco. No início da manhã seguinte retorna ao local de alimentação, onde permanece no solo a maior parte do tempo, caçando os insetos em caminhadas lentas. Sua batida de asas é muito característica, por ser de baixa amplitude e alta velocidade, dando a impressão que voa somente com o deslocamento da ponta extrema da asa. Ave de aspecto e comportamento singulares. É a única garça originalmente brasileira que vive tanto em locais alagados quanto em locais secos, estando presente até mesmo em áreas de caatinga. Costuma viver sozinha ou aos pares em territórios fixos.

                 Agora, a Garça Goraz ou Savacu, que é oriunda de Portugal e lá está em extinção!


                   O savacu é uma ave Pelecaniforme da família Ardeidae. Conhecido também como garça-cinzenta, sabacu, savacu-de-coroa, sabacu-de-coroa (Bahia), taquari ou taquiri (Pará), taiaçu (algumas regiões da Amazônia), dorminhoco (Rio Grande do Sul), socó, garça-dorminhoca, guacurú ou guaicuru, arapapá-de-bico-comprido, garça-da-noite ou ainda socó-dorminhoco, garça goraz (Portugal). O nome socó-dorminhoco deve-se ao fato desta ave passar boa parte do dia dormindo, no entanto, poucas pessoas sabem que na verdade trata-se de uma espécie predominantemente noturna. Mas consegui fotografar de dia, no açúde e bem acordada!
                  Apresenta o alto da cabeça e o dorso negros, asas cinzentas, olhos grandes e vermelhos. O imaturo, que apresenta uma coloração marrom-clara malhada com tons mais escuros, pode ser confundido com os imaturos de socó-boi (Tigrisoma lineatum), que são maiores e mais alongados, e com os de socó-boi-baio (Botaurus pinnatus), que mantém a coloração “carijó” mesmo quando adulto e apresenta bico e pescoço mais longos e finos. Mede cerca de 60 cm. É interessante notar que esta espécie quando jovem apresenta uma cor amarelada nos olhos e que após adulta fica avermelhada.


                   Vive em bordas de lagos, lagoas e rios. Ave de hábito noturno e crepuscular. Durante o dia repousa em galhos de grandes árvores. Tem hábito de colocar o bico sobre o peito verticalmente para dormir.
                   Uma das garças mais cosmopolitas, sendo que nos países mais frios é migratória e forma grupos grandes, enquanto nos países tropicais é geralmente solitária. Pode ser encontrada quase em qualquer local onde haja água e peixes ou anfíbios, desde pequenos lagos artificiais até costões rochosos no mar.

                   Seu modo de caça principal é “senta e espera”, mas também pode usar seus longos dedos para cutucar o lodo e as pedras de rios e lagos espantando assim pequenos peixes que são capturados com precisão. Os imaturos são mais diurnos do que os adultos, mas passam a caçar mais à noite conforme vão crescendo. Em locais onde existem muitos pescadores alguns socós aprenderam a pegar pequenos peixes descartados pelos pescadores. Em alguns pesque-pagues chegam até mesmo a deixar de pescar por si próprios e se aproximam dos pescadores ao menor sinal de movimento na vara, alguns até mesmo pegando os peixes diretamente da mão das pessoas. O problema deste hábito é que muitas vezes acabam se enroscando em anzóis e linhas, o que pode levá-los a morte por hemorragia ou asfixia.

                   E agora, vou acrescentar uma ave não muito apreciada: o Urubu

                O urubu-de-cabeça-vermelha é uma ave cathartiforme da família Cathartidae
                Possui longas asas que chegam a 1,80 metro de envergadura, sendo relativamente finas e mantidas em formato de “V”. Dessa forma, aproveitam a menor brisa disponível para voar sobre a vegetação e o solo, às vezes a poucos metros do chão. Nessa busca de sustentação, mantém as asas rígidas e viram o corpo de lado a outro, parecendo um vôo errático, que não vai se manter. Muito raramente batem as asas e, mesmo assim, só para iniciar o movimento. Igualmente, deslocam-se a grandes alturas, mantendo o perfil característico de vôo.
                    Na ave juvenil ou na adulta, as longas penas das asas são cinza escuro. Esse contraste é característico desta espécie. O adulto possui a pele nua da cabeça e pescoço vermelhos, além de um escudo nucal branco, visível em boas condições de luz, quando juvenil tem a cabeça negra. Localiza as carcaças pelo olfato, uma das poucas aves onde esse sentido é apurado. Graças à sua capacidade de vôo e sensibilidade do olfato, costuma ser o primeiro urubu a chegar na carniça. Nem sempre é o que se banqueteia melhor, porque logo é seguido pelas outras espécies e afastado por elas. Muitas vezes, espera as demais alimentarem-se, para, então, voltar a comer. De forma ocasional, pode capturar e matar pequenos vertebrados, apanhados nos vôos rasantes.

.                 Habita campos, matas e bosques. À noite, dirige-se para pousos tradicionais, seja nas árvores da mata ribeirinha, seja em capões nos campos. Esses pousos são comunais, ocasionalmente com 20 ou 30 urubus de várias espécies. No Brasil é proibido por lei matar algum urubu ou criá-lo em cativeiro sem o consentimento do IBAMA. Existem quatro subespécies de urubu-de-cabeça-vermelha. Os urubus não vocalizam.

                 E tem outros que ficam entre médio e grande porte, que é o caso do "Maçarico"


               O tapicuru-de-cara-pelada é uma ave ciconiiforme da família Threskiornithidae. Também conhecido por maçarico-de-cara-pelada, maçarico-preto, maçanico-do-banhado(sul), chapéu velho e frango-d'água (Pantanal).




                 Possui um longo e característico bico, o qual varia de um amarelo alaranjado até o amarelo vivo, cores que contrastam com o corpo negro e tons esverdeados. 
              Alimenta-se de crustáceos, moluscos, caranguejos, inclusive matéria vegetal (sementes e folhas).    Procura alimento na água rasa, caminhando lentamente, usando o bico para isso.

                  Onde tem campo, tem Quero-Quero. É muito metido!!!!

               Vivem em brejos, margens de rios, banhados e campos recentemente arados. Mas aqui no bairro, encontro em campos não arados, no açúde, em cima de muros, nas ruas.... Dormem em áreas abertas ou pousadas no solo.



                  Estas foram no acúde perto do morro. Estavam em dois; não sei se era casal!

                  Já no Pantanal, se reúnem em bandos enormes, voando alto para o local de dormida. De manhã já estão espalhados, atrás de comida.
               
               E além desses todos mostrados acima, temos outras garças, umas brancas, outras de cor preto e branco, que não me detalhei a respeito.





                








 Vivenciar a experiência de fotografar, tentar pegar o melhor ângulo, não fazer barulho, prender a respiração e “clic” é muito emocionante e o resultado gratificante, mesmo quando não chego à perfeição da foto, o que me faz buscar o melhor sempre!

 Deixo registrado aqui que todas as fotos foram tiradas por mim, o que me deixa orgulhosa, pois nunca fiz curso de fotografia, mas tenho uma máquina boa , vontade, paciência, tempo e alegria de fotografar os animais e flores. Às vezes é tanta euforia, suor e palpitação quando encontro um animal que anseio por encontrar, que perco muitas fotos por tremedeira e falta de foco; mas sempre sobra alguma aproveitável quando me proponho a respirar fundo e me acalmar da adrenalina que me toma.
Todos os textos foram pesquisados por livro sobre aves brasileiras, sites Wikipédia, Wikiaves, Aves Brasileiras, Info Escola, mas também contém observações minhas, uma vez que moro entre eles, pássaros da região, e humildemente, já conheço alguns costumes deles.
                                                      Terra Viva !



quinta-feira, 12 de julho de 2012

Criaturas do Lajeado


Lembro-me que na infância, ao ver um canário solto pousado em um telhado ou fio de luz, era me dito: “Coitadinho! Fugiu da gaiola”, não permitindo supor que podia ser simplesmente um canário livre, natural da Terra.
Aproveito para confessar que antes de vir morar aqui no Extremo Sul de Porto Alegre, só conhecia Pardal, Pombas, Bem Te Vi, João de Barro, Sabiá Laranjeira, Anu Branco como Alma de Gato, esclarecendo que são dois tipos diferentes pertencentes à mesma família, porém Alma de Gato é marrom, enquanto Anu Branco, também conhecido como Galego é mesclado. O canário acima estava na grama em meu terreno....segui os piados e dei de cara com ele, amarelinho, solto. Fiquei feliz em encontrá-lo nessa situação porque aqui, na agropecuária, eles vendem periquitos e canários e, ainda, algumas outras espécies, todos engaiolados, presos. E nem sempre, sabe-se, que são de cativeiros. Muitos são pegos do ambiente livre em que vivem para serem comercializados, o que me faz pensar que se soltá-los, não recuperariam sua condição anterior de sobrevivência. Sim, pois se soltos e depois presos, eles se adaptam na gaiola, por que os presos e depois livres, não se adaptariam também?
Aqui, ainda aparece outro tipo de Canário- o Rasteiro. Segue abaixo, fotos dos dois tipos.

 Este, estava aqui em meu jardim. Quero registrar que todas as fotos postadas nesse blog foram tiradas por mim.
Este canário estava na cerca da casa do Allan, meu genro. Lá, à beira da estrada, existem muitos eucaliptos e vários "condomínios de cocotas".
Geralmente, é uma gritaria, principalmente quando um predador chega perto, como o Bem Te  Vi  e os Gaviões Carrapateiros e Carijós, que foram as duas espécies que encontrei aqui e ameaçam seus ninhos.








Morando aqui no Lajeado, expandiu-se em mim, esse Universo da Fauna Brasileira e também Regional, que só conhecia através de livros, escola, fotos e documentários na TV. 

 Este é o Alma de Gato verdadeiro. Reparem que seus olhos são vermelhos, a cauda é marrom com preto e manchas brancas nas pontas.
Já o Anu Branco, muito confundido com Alma de Gato, como se vê, é branco com amarelo, manchas pretas no rabo e seus olhos são amarelos. A plumagem também possui mechas pretas.


Este é o Anu Preto,  Possui uma cartilagem ou osso acima do nariz, ou seja, do bico, parecendo algo meio pré histórico









Outra visão maravilhosa foi a de um Beija-flor pousado no fio de telefone, aqui em minha casa.
Não conseguia imaginar um Beija-flor pousado! Para mim, este pequenino voava sempre. É tão lindo, tão frágil e de um colorido cintilante sem igual.
 
Causou-me obsessão. Passei dias, e ainda passo, indo atrás deste ser pequenino. Felizmente já compensou minha dedicação.
Esperar por mais de 20 minutos, no mesmo lugar, para conseguir uma foto do Beija-Flor em ação, ou seja, voando e sugando uma flor, conhecida como Trombeta da China, planta ornamental, tipo trepadeira, que embeleza e enfeita nossa Figueira do pátio, foi gratificante.



 E, prá finalizar esta postagem, em uma das voltas em que faço pela região, precisamente perto de Itapoã, encontrei esta turma empoleirada nos fios da rua. Geralmente andam em bandos Não são umas gracinhas?


 Até mais....